segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Slumdog Millionaire

Slumdog Millionaire(2008)
Realização:Danny Boyle, Loveleen Tandan
Com:Dev Patel, Anil Kapoor, Saurabh Shukla, Freida Pinto
Ainda há quem acredite no destino e de que o mesmo está escrito... sabe-se
lá por quem. Pessoalmente, prefiro acreditar que o destino de facto existe, mas que é escrito por nós. Mas temos de admitir que uns - mais do que outros - têm a felicidade de contar com um factor sine qua none:a sorte, ou se quisermos, a lotaria natural... O facto de se nascer aqui ou ali, de crescer dentro do tempo ou fora dele, de encontrar ou de perder o amor, de pertencer a este ou aquele corpo... etc etc.

No fundo a grande questão está no facto de na maior parte das vezes, não percebermos que as respostas para as decisões mais importantes que tomamos, estão em tudo aquilo que vivemos e passamos na vida. O que temos é de confiar em nós próprios e em mais ninguém.

Quem quer ser milionário é um filme que nos consegue fazer reflectir acerca do quão díficil é fazer acreditar que há uma recompensa possível que nos espera em relação ao nosso percurso de vida. Um filme que nos mostra o contraste dos mundos e a influência mediática do mundo Ocidental, em parte por culpa de um mundo Globalizado, ou ainda como há quem diga "Glocalizado". Mundos que se fundem numa onda de contrastes, mas que permanecem iguais a eles mesmos: Racionais ou sonhadores, em que acreditar, pertenceremos de facto a alguma destas qualidades?
É um filme que nos inspira para a crença de que um dia se merecermos seremos recompensados, um filme que nos proporciona diferentes tipos de sensações e que de facto merece ser visto.
Se merecia ou não o óscar, não sei dizer, mas que é um filme excelente, é.
Who the f* cares?
8.5 em 10
Por: Olga Pinto

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Burn After Reading

Burn After Reading (2008)
Realização:Ethan And Joel Coen
Com:John Malkovich, George Clooney, Tilda Swinton, Frances MacDormen, Brad Pitt
Aqui está um filme divertido e inteligente. Uma comédia incisiva com alguns salpicos de loucura tal como gosto de experenciar, sempre que vejo um filme destes fantastic two.
Um filme com uma mensagem codificada ( eheheh a verdadeira informação valiosa do argumetnto) que ridiculariza a necessidade das forças de inteligencia secretas; um filme que pretende demonstrar que o mundo já não faz sentido e que todos nós pertencemos a um grupo específico de idiotas que habitam uma terra dos sonhos.
Portanto, confesso que foi muito divertido descobrir tantos idiotas, que no fundo somos todos nós, de uma maneira ou de outra. Idiotas que vamos ao ginásio exercitar todos os músculos e nos esquecemos cada vez mais daqui do nosso tecidito nervoso- le brain.Idiotas que casamos para pouco depois termos amantes, e que nos divorciamos para recomeçar um novo inferno; idiotas que bebemos e perdemos os nossos empregos para depois culparmos o sistema.
Quando penso na personagem Linda, por exemplo, penso que ela está li para nos chamar a atenção para a idiotice que nasce de uma insatisfação auto determinada, cega e solitária a que todas as mulheres do mundo actual se entregam, a sociedade plástica e desesperada pelo estético.Quando penso na personagem de Brad Pitt, ( o Chad) acho que representa simultaneamente uma idiotice inocente mas hiper activa. Depois temos a personagem Sandy, a mulher ingénua vitoriosa, mostrando que os vencedores do mundo neo moderno são aqueles que se fazem de burros. O engraçado é que nada disto são informaçoes secretas ou Top Secret. Todos nós, sabemos que pertencemos a uma sociedade de idiotas! ehehheheheh.
Gostei bastante do filme, e não o digo apenas por se tratar de um filme com assinatura dos irmãos Coen. Gostei porque eles têm uma capacidade de humor fantástica e única. Gostei porque compreendi.Não só conseguem fazer rir como conseguem fazer pensar. E aqui está mais um filme Original ;).
8 em 10
Por Olga Pinto






A Duquesa

The Duchess(2008)
Realização: Saul Dibb
Com: Keira Knightley, Ralph Fiennes
Pois é, como todos sabem, ontem (que para mim ainda é hoje, porque ainda não fui dormir) foi dia de S.Valentim. Um dia dedicado ao romance e às coisas do amor, uma coisita tão díficil de compreender. Os restaurantes lotaram, e os cinemas quase que aposto que também, porque apesar da crise, há sempre uns troquitos para celebrar o amour, nem que seja só uma vez por ano...
Relacionado com o tema está este filme A Duquesa, que infelizmente foi o filme que escolhi ver hoje, em parte porque aprecio o trabalho de Raph Fiennes, e tenho acompanhado a evolução de Keira Knightley e porque não consegui alugar o Brick uma vez mais (Guilherme, na segunda sem falta, nem que chova vejo este filme que nos recomendaste ;) ).
Infelizmente, posso dizer que este é um filme que não acrescenta nada de novo ao mundo do cinema. O tema é demasiado batido e explorado que acaba por ser um filme de leitura cansativa.
O único ponto de reflexão que posso filtrar deste filme, é que demonstra que o esplendor e o estatuto social são apenas pequenas partícula temporárias, de felicidade. Mais tarde ou mais cedo, a infelicidade (que nasce e é insopurtável quando não há amor)trata de arranjar um amante, aliás, mesmo hoje, reina a hipocrisia social, os casamentos de fachada estão aí... e tudo porque no fundo toda a gente precisa de se sentir amado/a . Não precisamos por isso de recuar todos aqueles séculos, para chegarmos à conclusão de que, muitas mulheres, ainda hoje, são infelizes dentro das suas próprias casas, e que só suportam essa infelicidade em nome da felicidade dos filhos.
Mas retomando ao tema do dia dos namorados, ainda bem que hoje temos o direito de namorar anos a fio antes de se dar o nó, coisa que não acontecia no tempo retratado pelo filme. Mas mesmo assim, não posso deixar de reflectir em relação a isto, relacionando-o com o filme. Mesmo depois de todas as vicissitudes, no fim, este tricasal acaba por se respeitar, o que me faz pensar que o elemento fundamental para uma relação é de facto o tempo. O tempo que nos faz crescer e nos transforma. O tempo que trás o amor e nos rouba a paixão.
Pois é, mas que pessimismo... e a culpa é do filme, claro. Não gostei.
Beijinhossss para todos os apaixonados... pelo cinema!!!!!!!!
6.5 em 10
Por: Olga Pinto

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

The Wrestler

O Wrestler(2008)
Realização:Darren Aranofsky
Com: Mickey Rourke, Marisa Tomei
A luta livre é um desporto de entretenimento muito popular em todo o mundo, pelo que o tema deste filme é muito popular e à partida será sucesso garantido. Já tivemos a oportunidade de o ver e podemos dizer que não se trata de um filme excelente, tirando Mickey Rourke que esse sim está excelente, irreconhecível e incrível. O filme ganha pontos pelo facto de parecer um documentário real sobre a vida de um homem que consegue suportar todas as dores, menos a dor de não fazer aquilo que gosta. Para além destes aspectos, temos de referir que este é um filme que pretende demonstrar que o Wrestling não é só teatro, é mais do que isso, é a dedicação de vidas em tudo reais, que oferecem um dos produtos mais dificeis de produzir: a adrenalina e a emoção...
Aqueles lutadores, se os podemos chamar assim, entregam o coração (literalmente) para fazer aquilo que gostam, mesmo que já não se usem os jogos de Nintendo ou que tenham de suportar o terrível fado de que o tempo passa e o corpo envelhece.
O wrestling é de facto algo muito interessante para estudo. O público vibra e acompanha aquele espetáculo com um brilho nos olhos como se de facto aquilo fosse verdade.
Apesar de ter achado este filme um pouco parado, admito, que alguns momentos ao longo do filme acabaram por conseguir de facto, acordar o meu ânimo, e que não me posso considerar desiludida, mesmo não sendo apreciadora do desporto, gostei do filme. No entanto, não o posso considerar um grande filme.
Na minha opinião, este The Wrestler é positivo e digno de ser visto, pelo facto de contar com a participação de Rourke, e por nos contar que o mundo do espectáculo é aquele em que um artista se entrega ao público de alma e coração.
7 em 10
Por: Olga Pinto

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Into the Wild(2007)

A verdadeira felicidade só existe quando é partilhada.
Realização:Sean Penn
Com:Emille Hirsch,William Hurt, Jena Malone.
A hipocrisia do mundo não é suportável para todos. Aliás, todos nós já experienciamos de uma forma ou de outra, essa desilusão perante este mundo tão mentiroso, material e limitador. Nascemos e somos um corpo ao serviço da SOCIEDADE. E quem deu o direito à sociedade para nos obrigar a coisas que no fundo não fazem sentido. Quem deu direito à sociedade para nos obrigar a crescer perante um cenário de mentiras, ou para nos proibir a descida de um rio? O que é verdadeiramente viver em liberdade?
O que é verdade é que vivemos num mundo em nada natural. Não sabemos quem somos, vamos vivendo por viver.
Os livros e a musicalidade das palavras inspiraram este SuperTramp de 23 anos, que resolve deixar tudo para trás num sonho de chegar ao Alaska e viver aí, no selvagem, na verdade.
Poderá para muitos até parecer uma crise de identidade, de adolescente revoltado. Mas será mais do que isso. É um filme original e deliciosamente poético, como um raio de luz que tenta provar que existem pessoas que ainda procuram por algo maior.
8 em 10
Por: Olga Pinto


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Gran Torino

Gran Torino (2008)
Realização: Clint Eastwood
Com:Clint Eastwood, Christopher Carley
Relax... Não te vamos estragar o prazer de descobrires por ti, este filme de Eastwood, que ainda não estreou... Não seria justo para ti, que ainda não viste hihihihi :P
Vamos apenas postar umas poucas palavras acerca deste filme, e do que podes esperar dele.
Podes ter a certeza que Eastwood está fantástico, perfeito na sua voz rouca e olhar desconfiado, tal como o lembramos e gostamos nele... mas não esperes muito mais dos outros actores, na maioria asiáticos, que acabam por não ter culpa, porque são raros os que têm realmente queda para a representação.

O melhor do filme é de facto, o argumento, que nos faz reflectir acerca da religião, do declínio da juventude que vão perdendo os seus valores; e de uma geração que vai morrendo, representada por Eastwood, zangada e desiludida com um mundo cada vez mais intercultural e repleto de gangues.
No fundo, já não se fazem carros como antigamente. Um homem faz-se homem sendo duro, e uma vez herói, para sempre herói.
Um filme perfeito e que vais adorar ver
8 em 10
Por: Olga Pinto





Blindness

Ensaio sobre a Cegueira(2008)
Realização:
Fernando Meirelles
Com:Julianne Moore, Mark Ruffalo, Danny Glover
Um filme que admiramos profundamente, primeiro pelo orgulho de ser baseado numa obra de Saramago, depois, porque a técnica de filmagem é perfeita, subtil, repleta de detalhes que nos deliciaram os olhos, e pertubaram o coração. Meirelles, tem o seu estilo próprio, espetacular, tal como haviamos tido a oportunidade de ver em The Constant Gardner.
Apresenta-nos um filme, que nos proporciona cerca de 120 minutos de constante reflexão, em que vamos experienciando sensações diversas, quer seja o medo, o nojo, a perplexidade, impotência e revolta...
O que seria do mundo, se todos nós ficassemos às escuras, perdidos numa cegueira que nasce sem aviso ou razão. Pior, o que poderiamos nós fazer, se tivessemos sido os únicos com a sorte ou o azar de continuarmos a ver, esse mundo em sofrimento, se tivesses de fingir que não vias apenas para poderes estar com a pessoa que amas?
Um amor, note-se, jamais representado em cinema, num filme que contou com interpretações brilhantes, como a de Julienne Moore perfeita e para nós, incomparável.
Este filme, faz-nos ver, o quanto somos frágeis, auto-destrutivos, e impotentes; e o quanto precisamos de líderes com o ângulo de visão certo, para podermos de facto, sobreviver.
Um filme brilhante e imperdível.
9 em 10
Por: Olga Pinto

Brick

Brick (2005)
Realização: Rian Johnson
Com: Joseph Gordon-Levitt, Nora Zehetner, Lukas Haas
Enviado por Guilherme Teixeira, no dia 6 de Fevereiro 2009
«Deixem-me que vos fale um pouco de Brick. Em 2005 este filme de Rian Johnson ganhou o Festival de Sundance, o mais conceituado festival de cinema independente.O seu conceito é basicamente recontar uma história do tipo filme noir, tal como o "Relíquia Macabra", mas no contexto de um liceu americano.O resultado é uma intriga de crime, drogas, amor e vingança.

Tudo começa quando o herói, Brendan, recebe um pedido de ajuda da sua ex-namorada. Alguém que ele ainda ama com todas as suas forças. Sem demoras ele embarca numa corrida contra o tempo para resolver os problemas em que ela se encontra e descobrir as pessoas por detrás desses mesmos problemas.A persistência, a teimosia de Brendan, a sua fúria terrível e a sua inteligência transformam este num filme maravilhoso que revejo sempre que posso. Está carregado de complexidade e emoção. Os actores são todos fantásticos, especialmente Gordon-Levitt, que tem uma actuação irrepreensível.Sem dúvida um daqueles filmes que está entre os melhores filmes que já vi.»


Obrigada Guilherme, e desculpa termos demorado um pouco a publicar ^-^ You know we love you !

Ainda não vimos este filme, mas vamos tratar de o ver Brevemente. Beijokas das tickets fica bem.

New Moon

New Moon




Quando não podes estar com aquele que amas, ficarás com aquele que te ama?

A segunda sequela do filme Crepúsculo, titulado Lua Nova, começará as rodagens em Março de 2009 e deverão decorrer até Maio. As rodagens decorrerão em Vancouver, Canadá, Portland, Oregon e terminarão as duas últimas semanas na cidade de Volterra em Itália.
Lua Nova não será dirigido por Catherine Hardwicke mas sim pelo realizador Chris Weitz, que dirigiu anteriormente A Bússola Dourada, e contará com Robert Pattinson e Kristen Stewart nos papéis de Edward Cullen e Bella respectivamente. Após alguma polémica em relação ao actor Taylor Lautner, que interpreta Jacob Black, foi confirmada a sua participação no segundo filme da saga. Para o papel de Jane calcula-se que será interpretado por Dakota Fanning.
A rodagem da sequela já tinha sido confirmada pela Summit Enterteinment, logo após o lançamento do primeiro volume Crepúsculo. A autora da saga, Stephanie Meyer, afirmou não acreditar que “qualquer outro autor tenha tido uma experiência mais positiva com os criadores da sua adaptação do que a que tive com a Summit Entertainment. Estou feliz por ter a oportunidade de trabalhar de novo em New Moon”.
O filme tem data de estreia marcada para 20 de Novembro deste ano, podendo no entanto sofrer alterações.
Estejam atentos porque iremos manter-vos informados!

Por: Vânia Afonso

Coraline e a Porta Secreta

Coraline e a Porta Secreta



Realização: Henry Selick
Vozes: Dakota Fanning, Teri Hatcher, Keith David, Jennifer Saunders.
Género: Fantasia/ Animação
Estreia: 19 de Fevereiro

A personagem principal desta história é um menina chamada Coraline que tem o sonho de viver num mundo diferente, num mundo melhor, onde domina a diversão. Depois de se mudar para uma casa nova, depara-se com uma porta misteriosamente trancada, mas após algumas tentativas consegue abri-la.
Por trás desta porta encontra aquilo que sempre desejou, um mundo cheio de alegria onde inclusive os seus pais são sempre muito divertidos. No entanto, vai perceber que aquele mundo novo está repleto de coisas estranhas, como por exemplo, o facto de as pessoas no lugar dos olhos têm botões. Esta viagem vai ensinar-lhe que o mundo real não é tão mau como ela pensava quando vir a sua própria vida em perigo.
Apesar de se tratar de um filme de animação, as personagens e cenários não representam o ideal das crinças.
Coraline conta com a mesma direcção de O Estranho Mundo de Jack, e como tal, é impossível não deixar de notar algumas semelhanças tanto ao nível da caracterização das personagens como o aspecto da porta secreta. Lembro que em O Estranho Mundo de Jack, a personagem principal farta-se do seu mundo onde reina o terror e quando se depara com uma porta numa árvore dá com um mundo marcado pela felicidade.
Por: Vânia Afonso

Só um Beijo Por Favor

Só um Beijo Por Favor



Realização: Emmanuel Mouret
Actores: Virginie Ledoyen, Emmanuel Mouret, Julie Gayet.
Género: Comédia/ Romance
Estreia: 12 de Fevereiro

Un baiser s’íl vous plaît é um filme francês que nos conta a história de duas personagens, Émilie e Gabriel. O filme tem início quando os dois conhecem-se casualmente em Nantes e depois de passarem um bom momento juntos Gabriel tenta beijar Émilie, a qual recusa, porém tenta dar uma explicação para a sua atitude, e é a partir daqui que a narrativa tem início.
A história centra-se primeiro em Judith, uma mulher casada mas que se vê envolvida num romance, fruto de uma forte amizade com Nicolas. Judith vê-se no meio de um dilema, pois uma parte de si deseja ficar do lado de Nicolas, mas outra parte de si sofre com a possibilidade de magoar o seu marido, Claudio. A viragem que a sua vida sofreu deu-se simplesmente por causa de um inofensivo beijo.
Por: Vânia Afonso



quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Seven Pounds(2008)

Realização:Grabiele Muccino
Com:Will Smith, Rosario Dawson, Woody Harrelson, Michael Ealy
Sete segundos, e a vida deixa de fazer sentido. Sete segundos apenas, para preenchermos o coração com o sofrimento causado pela culpa, o mais pesado dos fardos, neste mundo.
Este filme reflecte a necessidade de nos redimirmos perante a impossibilidade de fazer o tempo voltar para trás.
O que é a sorte, o que é o azar? O que distingue uma boa pessoa de uma má pessoa?Estes são alguns dos principais temas de um filme que nos sensibiliza, desperta e surpreende.
Adorei o filme por isso mesmo. Porque traduz o esforço de um homem que em busca da sua paz interior, se predispõe a mudar o futuro de 7 pessoas, perante a impossibilidade de mudar um passado com o qual já não pode conviver.
Recomendo. 7 em 10
Por: Olga Pinto

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Desafio


Ticket Baby!

Queres ser um/a ticket?

Envia-nos uma frase com as palavras "Cinema" e "Tickets4three", e vem crescer connosco ^-^
Prometemos cuidar bem de ti ;).
A melhor frase será escolhida no final de Fevereiro, o "Bébé" será apresentado no dia 1 de Março.

Vicky Cristina Barcelona

Vicky Cristina Barcelona(2008)
"Speak English, you have to speak english here!"
Realização: Woddy Allen
Com: Javier Bardem, Penélope Cruz, Rebecca Hall, Scarlett Johansson
Woody Allen, a arte, o sexo e as regras das teses sociais... O poder da contradição.
O amor perfeito é o incompleto. E o mundo ainda não aprendeu a amar, mesmo depois de tantos anos de civilização.
Não interessa avaliar se o argumento vai ou não ao encontro dos nossos valores. Quem decidir em ir ver este filme ao cinema, já sabe que, como é um filme de Woody, escrito e realizado por ele, será provocatório.
E é de facto uma provocação à fidelidade e à inutilidade do amor sem paixão. Há amor sem paixão? Há. De igual modo, poderá existir amor com paixão, certo. Mas, e quanto à paixão? Será que ela existe sem desejo? Não. O desejo precede a paixão e a paixão perde-se aos poucos no amor.
A arte pede o inconstante, o imprevísivel, a adrenalina, o oposto, a libertação! A arte é o ponto meridiano do amor. A arte não tem regras, tem sim uma língua própria. A língua dos corpos que se atraem pelas cores (camisa vermelha de cetim), que se libertam e se entendem como a melodia da guitarra espanhola tocada por Dioniso. ^-^
É por isso um filme ideológico e provocatório. A melhor proposta de Woody é uma viagem a Barcelona, e... viva la vida loka.
ok Woody, we get the point. Dream on... Dream on :P

Woaohhhhhhhh he´s an alien, he is a ilegal alien... he´s an alien in Hollywooddddd !
eheheh
7 em 10

sábado, 31 de janeiro de 2009

August Rush (2007)

Realização: Kristen Sheridan
Com:Freddie Highmore, Robin Williams, Jonathan Ryes Meyers, Keri Russell
Se combinarmos música, amor, destino e final feliz temos "August Rush", um filme bonito para se ver em família, que fala de esperança e da força do destino.
Para muitos este filme poderá ser considerado cliché, afinal conta a história de dois músicos que se conhecem e que fazem amor. Ele pertence a uma banda de rock, ela toca violão numa banda de conservatório. Apaixonam-se nessa noite, mas o destino separa-os, têm um filho, mas não sabem. No entanto algo maior vai juntá-los. Terás de ver o filme para ver o quê.
É um filme que separa a realidade e o lado imaterial da música. Um filme em que o papel principal está precisamente no poder dos sons, nas notas musicais! A Banda sonora é aliás excelente, onde temos o privilégio de ouvir Jontahan Ryes Meyers cantar. Músicas que vos deixamos para escutarem, mais em baixo.
Quanto ao elenco... Freddie Highmore é um actor muito jovem, mas o futuro será grandioso para este rapazinho. A expressividade e o talento deste miúdo é notável. Já o tinhamos visto em Uma Viagem à Terra do Nunca e em Charlie e a Fábrica de Chocolates... As tickets assumem-se fãs deste puto prodígio.
Jonathan Rye Meyers,surpreendente muito diferente de Match Point... Mais um talento que descobrimos deste actor: é um excelente cantor!
É um filme que não podemos considerar como sendo um dos nossos preferidos, mas que vale a pena ver, junto da família, ou da cara metade ;)
Um conto de fadas, moderno, para sonhadores...
Ps. se puderem vejam também o video "this time" uma música que ficou na minha cabeça durante alguns dias, depois de ter visto o filme. ;)
6.5 em 10
Por: Olga Pinto

O trailer:




And my favorite song in the movie ^-^:

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Second Life

Gostavas de ter uma Second Life?
Realização: ALEXANDRE VALENTE, MIGUEL GAUDÊNCIO
Com: NICOLAU BREYNER, PIOTR ADAMCZYK, LÚCIA MONIZ, RUY DE CARVALHO, CLAÚDIA VIEIRA
Confessamos que depois de termos visto o trailer, a publicidade nas televisões e afins, estamos ansiosas por ver este filme, que estreou ontem nas salas de cinema do País. A Banda Sonora parece ser excelente, o elenco promete surpreender e o argumento, pela sinopse que vos deixamos em baixo vai dar que pensar...
"Nicholas comemora o seu 40º aniversário na sua casa de campo algures no Alentejo, com Sara sua mulher há 8 anos, na companhia de dois casais amigos e uma jovem e sensual actriz, Raquel. Nicholas tem tudo o que sempre desejou e vive uma vida desafogada.Durante a noite do seu aniversário, descobriremos as profissões, os segredos, as paixões, os vícios, as traições e as ambições de cada um dos nossos personagens.Eis que, quando menos se espera, Nicholas surge morto à superfície da piscina.Nesse momento Nicholas assume o controlo do filme, o controlo que nunca teve na sua vida, e em VOZ OFF coloca-se uma questão:- E se há 10 anos atrás, quando fui a Itália participar numa convenção e onde conhecera Cláudia, por quem me apaixonara completamente, tivesse optado por ter ficado a viver com ela?- Será que teria seguido a mesma profissão? Viveria em Portugal? Teria filhos? Viveria de forma abastada?Estaria vivo?A partir deste momento, iremos assistir a duas versões da história desta vida:Uma onde Nicholas jaz morto na piscina e a polícia irá desvendar o mistério da sua morte, trazendo à verdade as traições, os segredos, as mentiras, as verdades de todos os personagens e se descobre a natureza da morte de Nicholas; outra onde vemos Nicholas, noutro país, noutra vida, com outra mulher e com filhos, outra actividade, outro comportamento, mas o mesmo aniversário.Será o destino capaz de ser igual tanto numa história como na outra?Por um lado, um filme policial onde o espectador é o detective, simultaneamente um drama de conflitos interiores, sobre as decisões que tomamos em bifurcações da nossa vida e que mudam radicalmente o percurso da nossa existência.É um filme sobre a inevitabilidade da morte como única certeza de destino!É uma reflexão que nos faz pensar em viver na utopia de procurar a felicidade."
Sinopse retirada do site oficial do filme.


Pelo nome, será que o filme se inspira no Jogo mundialmente conhecido? Como sabem, o Second Life é um jogo online onde podemos ser quem quisermos ser, e agir como se essa fosse realmente a nossa vida...
Este jogo é um fenómeno estudado por muitos pensadores. É o resultado de uma nova concepção de vida do homem pós-moderno o se quisermos, neo-moderno.
Numa cadeira do nosso curso, em que estudamos Marc Augé, tivemos uma discussão aberta, para descobrirmos se o Second Life seria um Lugar ou um Não Lugar. Não chegamos a nenhuma conclusão. Podem ler um post que encontramos a este respeito no link que vos deixamos em baixo. Abrimos a discussão, é um lugar ou é um não-lugar?
http://tamosaga.blogspot.com/2005/10/no-lugares-de-marc-aug.html

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

No Country for Old Men

Este País não é para Velhos (2007)
Realização: Ethan e Joel Cohen
Com:Tommy Lee Jones, Javier Bradem, Josh Brolin
Mais um filme espectacular. Este filme tem tudo. Tem os actores, o argumento, a energia. Mexe e não é pouco.
Quem é que pode ficar indiferente aqueles olhos the Anton (Javier Bradem)? Ficamos totalmente rendidas ao talento deste actor que transpira maldade por todos os poros, neste papel.
Sheriff Ed encarna um poder ultrapassado, ineficaz, que segue as pistas certas mas atrasado... uma crítica à necessidade de reformar a polícia. Os tempos são outros, e por isso é que o "país não é para velhos..."
Llwelyn (Brolin) é outro personagem excelente, que, na sua inocência gananciosa, na sua capacidade de sobrevivência, nos vai provando que também ele é um smart ass ;)
Aquela máquina de matar gado, não poderia ser a arma mais adequada para este vilão cheio de estilo. A frieza com que decide entre matar ou não matar, atirando uma moeda ao ar, fingindo ser Deus na sua calma perturbadora, torna Anton uma das personagens mais loucas e interessantes de sempre. "People always say the same thing: You don´t have to do this!"
A parte mais stressante e louca foi aquela que que Anton fala com o velho da loja. As falas e as interpretações são tão loucas que nos misturam os sentimentos, não sabemos se rimos ou se sentimos medo.
No final percebemos que este mundo já não tem lugar para a lógica, para os sentimentos, para os bons sheriffs que não dão uso às suas armas... o Mal vence.
"Brávô" aos Brothers Cohen!
8.5 em 10
Por Olga Pinto


terça-feira, 27 de janeiro de 2009

The Curious Case of Benjamin Button


The Curious Case of Benjamin Button
Realização: David Fincher
Com: Brad Pitt, Cate Blanchett
Ontem foi a vez de ver o filme que muitos consideram ser o maior candidato aos óscares. É um filme muito belo, inspirador, que nos faz reflectir acerca da frase " se eu pudesse, fazer o tempo voltar para trás..."
Uma história de fantasia, pura e inteligente, que facilmente conquista. Está bem realizado, o elenco é excelente, a caracterização então nem se fala... É de facto fantástico.
Logo no início do filme, o nosso coração começa a bater a mil, quando vemos aquele pai a correr pelas ruas com aquele bébé ao colo, que ainda não vimos o rosto. Ele corre desesperado e o choro daquele bébé assustado, quase que parece saber que, aquele pai não o ama e que corre perigo.
Depois somos apresentados a Queenie, a mulher mais doce do mundo, aquela que será a sua verdadeira mãe.
O filme vai-se desenrolando, repartido entre um tempo presente, em que vemos uma velha numa cama de hospital que parece estar a morrer; e o tempo passado, narrado pela voz de Benjamin enquanto a sua filha o lê, a pedido de sua mãe Daisy.
De entre as múltiplas reflexões que o argumento nos proporciona podemos referir algumas:
Nada é perfeito e a vida é um percurso limitado pelo tempo. Há que dar tempo ao tempo e viver ao sabor do mesmo.
Uns dançam, outros levam com raios, outros tocam piano, uns recitam Shakespeare, outros percebem de butões, outros gostam de arte, outros nadam... No fundo todos vamos vivendo sem nos darmos conta que o tempo continua a passar e que não importa a idade mas a perfeição com que tudo se encaixa, com que todos os acontecimentos se interrelacionam para podermos explicar a sorte ou o azar... A vida é como um relógio, onde os segundos, os minutos e as horas se interpenetram. Vão seguindo no seu tic tac, e não adianta fugir... Não adianta não dormir de noite, porque apesar do silêncio e da segurança do nosso descanço, o tempo continuará a passar.
O que tiver de ser terá de ser, mas com tempo.
Todos nós sentimos que somos mais do que um corpo sujeito à mudança do tempo, mas a verdade é que continuamos condicionados por ele e pela mudança dos tempos.
Concluindo podemos dizer que este é um filme bastante comprido - tal como gostamos- isso permite conhecer bem a história e os personagens, compreender a mensagem, entrar verdadeiramente no filme. Não podemos também terminar sem referir que Brad Pitt é de facto o homem mais atraente do mundo, é indíscutivel, a caracterização deste filme é aliás, surpreendente.
Bem, é caso para dizer, que o casal Pitt é de facto o casal do momento. No entanto, se tivessemos de escolher, teriamos de ficar com o Changelling, porque apesar de Button ser um filme apaixonante, Changelling acaba por ser na nossa opinião um filme superior.

8.5 em 10
Por: Olga Pinto

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

In Bruges

In Bruges(2008)
Realização: Martin Macdonalgh
Com: Ralph Fiennes, Colin Farrel, Brendan Gleeson
Dois criminosos, assassinos profissionais, aguardam instruções numa pequena cidade histórica de Bélgica.Não sabem a razão pela qual estão em Bruges, mas aguardam instruções.São ambos diferentes. Ray ( Colin Farrel) é distante, acha Bruges uma seca e parece aborrecido. Ken(Brendan Gleeson) gosta da cidade que aproveita para conhecer, entusiasmado pelo valor histórico daquelas ruas e edíficios. Harry Waters (Raph Fiennes) é o chefe e está em Inglaterra. De lá, encarrega Ken de apagar Ray, uma vez que no último trabalho Ray havia matado uma criança por acidente e tal não podia ter acontecido, segundo os princípios de Harry.
Martin Macdonagh presenteia-nos com um filme invulgar e surpreendente. Um filme inteligente e original, quer no argumento quer na forma como é dirigido. Um filme excelente e na nossa opinião um dos melhores de 2008 (Fernando, nós tinhamos avisado que a lista podia mudar a todo o tempo :P)
Todo o elenco, sem excepção, está 5 *. As cenas de sangue e os pormenores de filmagem são soberbos, até o sotaque irlandês de Collins é perfeito para o papel...
Tens absolutamente de ver este filme, vi-o hoje em casa ( obrigada Babila ;) ) e tenho a dizer-vos que passou a ocupar o lugar de segundo melhor filme, no meu ranking pessoal, de entre os filmes mais actuais que tive a oportunidade de ver.
Destaque para Gleeson, que está absolutamente espetacular, um actor por quem confesso que não nutria grande admiração mas que depois de hoje, passa a ocupar um lugar especial aqui en mon coeur.
Para além de ser divertido de uma forma deliciosamente inteligente, é um filme quente, com um conteúdo inesquecível e louco.

Engraçado, nem duas horas passou depois de o ter visto e não me importava nem o pouco de o ver outra vez. Fantástico mesmo . Tens de ver.

9 em 10

Por: Olga pinto

domingo, 25 de janeiro de 2009

Home of the Brave(2006)

Terra dos Bravos
Realização: Irwin Winkler
Com: Samuel L. Jackson, Jessica Biel, 50 Cent
Vimos este filme hoje. Mas confessamos que depois de o vermos, não nos apetece escrever muito sobre ele...
Do mais interessante que ficou foi a imagem da tshirt daquele jovem adolescente revoltado, e o slogan que trazia na frente, uma crítica a Bush que quase ultrapassa os limites para a chamada Liberdade de Expressão, mas que no fundo é um grito disfarçado de revolta, um desabafo do povo americano: "Buck Fush" Vais ter de ver o filme para perceber o contexto. :D
Mas adiante... uma reflexão que podemos fazer acerca deste filme, é que todas as guerras têm um impacto psicológico quer naqueles que vivem de facto no terreno, quer para os familiares desses. Depois da guerra os soldados, dificilmente voltam a ser os mesmos.
Fala da guerra do Iraque, que é um tema actual, e do regresso de 4 soldados a casa.
Na nossa opinião, trabalha um homem soldado moderno pouco habituado ao sangue, mais frágil do que os de outros tempos. É um filme pobre. Até percebemos que o filme tenta dar a conhecer o lado difícil do regresso à pátria, como é que se consegue recuperar tudo o que se perde, lidar com as imagens da guerra, sangue, morte; mas é um filme parado e com um elenco mais ou menos (incluindo Jackson), o argumento até podia ser mesmo muito bom, mas saiu frustrado.
Apesar de tudo, assume claramente um povo americano descontente, zangado com a sua terra sendo que este é o aspecto mais positivo deste filme.

6 em 10

Por: Olga Pinto

Framboesa de Ouro

"Blowing a Raspberry"?And the Looooooooser is...

Já são conhecidos os nomeados para essa prestigiante festa que premeia os piores actores do ano. Não sabemos quem é que foi o infeliz capaz de incluir o nome de Al Pacino e Pierce Brosnan nesta lista, junto de nomes como Paris Hilton e etcs e tais... não devem ter mesmo mais nada para fazer... mas ok.
O filme Mulheres parece ser o mais massacrado, todas as actrizes estão nomeadas para a categoria de piores actrizes do ano: Eva Mendes, Jada Pinkett Smith, Debra Messing, Annete Bening e Meg Ryan... nenhuma escapou.
Mike Meyers também em destaque com sete nomeações pelo filme Love Guru: pior filme, guião, actor, realizador... o nosso Austin não deve caber em si de felicidade! "yeah baby ! yeah!"
Nem sabiamos que a Paris tinha feito um filme, The Hottie and the Nottie... um fracasso total. Cada um tem o que merece, parabéns miúda, o teu empenho deu frutos que é como quem diz, framboesas! Keep going ;)
Brosnan em Mama Mia também é canditato a um iogurte de framboesa. Por falar nisso, até ia um geladinho da Cartd´or... hummm...

Bem estamos ansiosas por saber quem são os vencedores, é já dia 21 de Fevereiro! Boa sorte a todos ok? Sigam os vossos sonhos.

Call Girl(2007)

It´s all about the money
Realização: António Pedro Vasconcelos
Com: Nicolau Breyner, Joaquim de Almeida, Soraia Chaves, Ivo Canelas
Pois é, vamos falar de um filme que causou furor nas nossas salas de cinema. Fala de sexo, corrupção, tem palavrões... e é português!
Muita gente já desistiu do cinema português justificando com as razões que acabamos de enunciar. No entanto, temos tendência a sermos um pouco rigorosos, púdicos e severos para com o cinema português. Se pensarmos bem, em relação aos palavrões, qual é o filme estrangeiro que não utiliza o calão, a gíria o que quiserem.... ou que não tenha cenas de sexo ou de nudez. Em relação a este último ponto, este filme, até não tem muitas cenas de sexo...
Depois temos a perseguição, estigma e preconceito a que estas actrizes ficam sujeitas, depois de participarem em filmes que envolvam sexo, palavrões ou nudez...
Temos de ser justos, admitir que Soraia Chaves está fantástica neste filme. Temos de admitir que a interpretação é excelente. Não vale a pena negar que é inevitável sentirmos um pouco de dor de cotovelo, todas nós gostariamos de ter um corpalhão assim... mas c´est la vie... não nos podemos vingar sendo injustas.
O filme tem palavrões e é realmente chato ouvir palavrões quando não estamos habituados hihihi, mas se reflectirmos, é uma questão de semiótica. Quando está em inglês se calhar não associamos tanto o significado ao significante. Em português , quase que nos arranha os ouvidos, o significado está logo ali no tónico daquelas palavras. Mas pensem, em inglês o que importa dizer Fuck, Bitch? Já digitar em português estas palavras é humanamente impossível para as tickets... engraçado não é? isn´t the same thing?

Aplaudimos o filme, temos de avaliar mediante o contexto português e comparando-o com o que se tem feito. Na nossa opinião, está bem realizado e bem escrito, o resultado é positivo!

Por: Olga Pinto

sábado, 24 de janeiro de 2009

Felon

Condenado(2008)
Realizado: Ric Roman Waugh
Com: Val Kilmer, Stephen Dorff, Harrold Perrineau
Felon é um filme que nos faz reflectir acerca do sentido da prisão, a prisão que é o estado mais puro e próximo do instinto primitivo do homem, quando ainda vivia numa sociedade sem regras. No entanto, não deixa de trabalhar a ideia de que o homem tem a necessidade de se organizar em grupos, caso contrário é incapaz de sobreviver.
Um homem prestes a casar, com a vida encaminhada e já com um filho de 5 anos, mata um ladrão e é condenado a três anos de prisão. É um filme bastante real que nos sensibiliza para o facto de que é impossivel não mudar a personalidade num contexto em que o imperativo é sobreviver.

Val Kilmer como sempre, muito bem na sua personagem, Stephen Dorff a surpreender, o único se não, é a interpretação de Perrineau, que não foi a escolha ideal para este papel apesar de termos de admitir que existe o esforço por parte do actor. O que lhe faltou foi o perfil físico que a personagem exigia.
Gostariamos de fazer uma pequena reflexão em relação ao papel que este actor interpreta: "na prisão, as leis da sociedade deixam de existir, e passamos a estar sujeitos às leis dos polícias" esta frase ficou-nos porque, de facto, no final do filme, é impossível não pensar naquilo que fariamos de tivessemos o azar de, um dia, irmos parar a um sítio como aquele... será que poderiamos sair dali iguais ao que eramos? Duvido, por mais inocentes que fossemos. Nem iguais nem melhores. A prisão é um espaço de "dessensibilização"das pessoas (Kilmer). Quer dos agentes quer dos presos.
No fundo, não é só nas prisões e em certas ruas que se formam os gangues. Os próprios polícias deste filme eram um gangue, que obedeciam a um líder... É triste pensar que a sociedade ainda não encontrou uma solução mais eficaz para este problema da sociedade. Mas acredito que numa fase mais avançada, um dia possamos considerar que esta forma de reintegração e de pagamento de dívida para com a sociedade deve ser repensada.
7 em 10
Por: Olga Pinto

Lonely Hearts

Corações Solitários (2006)
Realização: Todd Robinson
Com: John Travolta, James Galdofini, Jared Leto, Salma Hayek
Baseado numa história real, este é um filme que conta a história de um casal sem escrúpulos dos anos 40, que ganhavam a vida a enganar mulheres viúvas. Como? Ray (Leto)publica anúncios em jornais, descrevendo-se como um latino romântico à procura da sua amada, mas na realidade o que pretende é roubar o dinheiro de todas as infelizes que caem na conversa. Com Martha (Hayek) aconteceu de forma diferente. Desempregada, Martha vai passar a fazer parte do esquema montado por Ray, que a passa a apresentar como irmã junto das suas presas. No entanto, Martha é ciumenta e vai acabar por ver todas aquelas mulheres como potenciais rivais. Ao longo do filme Martha vai demonstrando ser uma mulher perigosa e fria, e acaba por conseguir dominar po completo Ray que não consegue resistir ao seu poder e obedece a tudo quanto esta lhe diz. Se começou por ser um simples charlatão, com Martha, Ray transforma-se num assassino.
É um bom filme, com um excelente elenco, com destaque para Hayek e claro Travolta.
Se ainda não viste, é um filme a considerar, mas avisamos que o tema é perturbador, intensificando-se à medida que o filme se desenrola.O final acaba por ser chocante e angustiante para os corações mais sensíveis.
Nota: 7 em 10
Por: Olga Pinto


Numb

Numb (2007)
Realização: Harris Goldberg
Com: Lynn Collins, Matthew Perry
"Infelizmente, desde que entrei para a universidade, não tenho tido tempo para ir ao cinema... No entanto vi há pouco tempo um filme que me chamou a atenção. Não é o meu filme preferido, mas um filme que gostei bastante, talvez porque sou estudante de Psicologia e o filme fala um pouco sobre a tendência para procurarmos as respostas para as nossas frustrações em medicamentos. É um filme que fala do fenómeno da despersonalização que em linguagem simples acontece sempre que perdemos a noção da realidade e temos dificuldade em lidarmos com a nossa própria personalidade e constante indiferença em relação ao espaço que nos envolve. O filme tem na minha opinião um bom argumento. É uma comédia romântica e ao mesmo tempo um drama. Penso que o actor principal esteve mesmo bem na sua interpretação. Sei que é um filme simples e até algo comum no que diz respeito à história de amor, mas que em relação ao fenómeno que pretende dar a conhecer, tem um resultado final positivo.

Beijinhos meninas! "

Enviado por: Joana A. , 23/1/2009


Olá Juanita! Também vimos este filme e vamos aproveitar para fazer também a nossa crítica em relação a este Numb. Tens razão quando dizes que o assunto é muito interessante. No entanto, pensamos que este filme tem muito conteúdo desnecessário que acaba por poluir um pouco esse aspecto positivo do tema. Além do mais achamos que tirando Perry, o casting não combina...
Achamos engraçado teres gostado deste filme, se bem nos lembramos, Hudson tentou diversas terapias e todas elas falharam... eheh! Estamos só a pegar contigo... eheh não te zangues!
Em todo o caso é um filme giro, desconfiamos que o realizador se tenha inspirado na sua própria vida quando escreveu este argumento, mas é só um palpite! Boa sorte para o curso caloirinha :D beijinhos das Tickets.


Mr. Brooks

Mr. Brooks (2007)
Realização: Bruce Evans
Com: Kevin Costner, Demi Moore
Nunca como hoje foi tão fácil coleccionar Dvds e ao preço da chuva. E como tem chovido! Oferecem-nos dvds em revistas, jornais, e vejam lá até em packs de refrigerantes... As tickets sabem aproveitar estas oportunidades e admitimos que nunca como antes tinhamos achado tão interessante comprar o Record e o JN. Estas ofertas destes jornais, têm sido de facto irresistíveis.São ofertas com títulos interessantes e alguns até recentes, como é o caso de Mr. Brooks. Um filme bastante diferente em vários aspectos. Conhecemos o perfil de um assassino em série. Um assassino que mata por prazer, conduzido pelo vício. Passamos a conhecer um pouco o subconsciente de um assassino, que nunca está sozinho e que tem em si o seu melhor ou pior aliado: o seu Id . Uma voz que não consegue controlar e constantemente o tenta para voltar a repetir-se nos crimes. Aparentemete é um homem normal. Tem um estatuto social reconhecido, uma família feliz, é bem sucedido. No entanto esse desejo e prazer em perpetuar a sensação de poder que consegue ter quando mata, é mais forte que tudo. É algo que não consegue controlar e que consegue fazer na perfeição, sem deixar rastos. Matar é para Mr.Brooks o extase máximo do prazer.


O filme acaba por ser perturbador a vários níveis. Demonstra que nem sempre nos podemos fiar nas aparências. Também podemos encontrar uma mensagem subliminar no filme. Uma ideia que tenta transparecer que a vontade de matar, pode ser uma predisposição genética, algo perigoso que nos impede de distinguir entre o certo e o errado, mas em todo o caso mais forte do que qualquer outra coisa, incontrolável.Um filme que conta com a interpretação excelente de Kevin Costner, que demonstra aqui a sua maturidade de carreira.

Por 0.80 trocados? De que é que estás à espera? É bom demais e vê lá tu é mesmo verdade. Amanhã o JN dá-te mais um ;)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

We Own the Night(2007)

Realização: James Gray
Com: Joaquin Phoenix, Mark Wahlberg, Eva Mendes
Dos meus filmes favoritos mais recentes escolho Os donos da noite, primeiro porque tem um dos meus actores favoritos, Joaquin Phoenix; depois tem Eva Mendes que para além de ser muito talentosa é uma mulher muito bonita; por fim o argumento é mesmo espectacular.
A história tocou-me por falar de um homem que por amor a um pai, abdica da sua vida, do seu amor e carreira na noite acabando por arriscar a sua vida. É um filme maior, muito bem dirigido na minha opinião e que adorei ver no cinema. Na semana passada voltei a alugá-lo.
Um filme que mostra que nunca é tarde para mudar e que pela família nem o pior dos criminosos ou o mais poderoso dos traficantes nos intimida.
Boa sorte para o vosso Blogue.
Enviado por, Alexandre Morais " 21/01/2009
Obrigada Alexandre, este filme é muito bom. um dos nossos favoritos. Será a inspiração para o nosso próximo post!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

W. (2008)

Goodbye, and don´t you ever come Back!
Realização:Oliver Stone
Com: Josh Brolin, Elisabeth Banks
Em jeito de despedida (mais do que ansiada), vamos falar do filme que muitos, pelo estigma de um nome, se recusaram a assistir no cinema. Foi o caso das Tickets.
No entanto, não podemos ser totalmente injustas. O tema é mau mas, o actor, Josh Brolin é excelente. Tivemos de o alugar.
Surpresa das surpresas, apesar de ser um filme um pouco antiquado no estilo e um pouco maçador para quem não gosta de política; até que é um filme engraçado.
A interpretação como esperávamos, é excelente. Os tiques estão todos lá… o filme é todo ele extremamente critico e cómico. Assume decididamente uma posição, e confessamos que não podemos deixar de partilhar esta posição de Oliver Stone. Dura, mas verdadeira, não podemos ser brandos perante razões que já se tornaram indiscutíveis...
O cinema cumpre uma vez mais, perante os nossos olhos a sua função. Pena que já um pouco tarde.
Vamos esperar daqui a uns anos pela biografia de Obama, com as tickets já velhinhas e desdentadas demais para rir. Esperemos que pelos bons motivos.
:D
Por: Olga Pinto

sábado, 17 de janeiro de 2009

The Constant Gardener

O Fiel Jardineiro(2005)
Realização: Fernando Meirelles
Com: Ralph Fiennes, Rachel Weisz
Já tivemos a oportunidade de te falar de um filme com Ralph Fiennes, no nosso Baú de Recordações Nem tudo o Vento levou; um actor notável que já nos habituou a interpretações de grande qualidade.
The Constant Gardener é outro dos filmes que se ainda não viste, terás mesmo de ver e onde Ralph Fiennes reforça o seu talento. Adoramos aquele sotaque britânico :D e apesar de até gostarmos de Daniel Craig não ficaríamos tristes se Ralph Fiennes estivesse no seu lugar, como Bond.
São tantos os pormenores que realçam o talento deste actor que se as tivéssemos de enumerar não sairíamos daqui tão cedo. O Fiel Jardineiro é a derradeira prova. Um filme profundo, baseado no Best-Seller de John Le Carré e realizado por um dos nossos realizadores favoritos (que imperdoávelmente não incluímos na nossa lista) Fernando Meirelles.
Rachel Weisz ganhou o Óscar de melhor actriz secundária neste filme. Não podemos deixar de elogiar também esta actriz, que interpreta Tessa, uma mulher de princípios, de causas; forte e teimosa o suficiente ao ponto de arriscar a própria vida em nome daquilo que acreditava. Weisz está maravilhosa, e mereceu de facto o Óscar e o Globo de Ouro.
Queremos fazer um pequeno aparte, em relação à qualidade das sinopses que circulam na internet e no caso, nos Dvds: não confiem no que está escrito. Por diversas vezes já comprovamos e temos razões para generalizar: a na maioria os autores desses textos nem chegam a ver os filmes, ou acabam por especular sobre aquilo que ouviram dizer ou aquilo que acham que o filme deve tratar. É inadmissível e a partir de hoje, vamos denunciar esses textos no nosso blogue sempre que tivermos a infelicidade de nos depararmos com um. É o caso desta sinopse que encontramos no DvD de O Fiel Jarnineiro…

Passando à frente, falando do que interessa, temos um argumento excelente, uma fotografia espectacular, do elenco nem vale a pena falar mais... 5* e uma banda sonora inesquecível.
Tessa casa com Justin, um diplomata inglês cujo Hobbie é cuidar de plantas. Conhecem-se durante um colóquio onde Tessa tenta persuadir a audiência para algumas questões políticas importantes, atacando o diplomata. No entanto, as pessoas demonstram-se totalmente desinteressadas e vão abandonando a sala, até que ficam apenas os dois. É aqui que se apaixonam, e dias depois Tessa consegue partir com Justin para África, aproveitando a situação para lutar pelos seus ideais.
Já em África, ela e um médico Arnold, descobrem que estão a decorrer testes de um químico, a Dyapraxa clandestinamente, na população africana. Quem não aceitasse o tratamento com Dyapraxa perderia o direito a outras vacinas. Tessa e Arnold conseguem escrever um relatório e começam a chantagear o governo Britânico, na tentativa de parar os testes em África que estavam a criar bastante mortos.
Este é um filme que nos desperta para o facto de estarmos aqui no ocidente, longe dos problemas reais que afectam o mundo. Por vezes, fechamo-nos nos nossos problemas e choramos por coisas tão mesquinhas quando comparadas com problemas reais como o sofrimento do povo africano, que tal como o filme diz "aquelas vidas são compradas tão barato..." e não podemos deixar de nos sentir revoltados quando o filme passa imagens de enfermeiras que oferecem brindes àquelas crianças: pistolas de àgua em plástico coloridas... nem podemos esquecer a imagem daquela criança que corre diante da camara de filmar e faz o sinal de ok para nós, sorridente... Mas não está tudo ok, não está certo... não é justo!
Somos impotentes em relação aos problemas do mundo e isso leva à indiferença, a baixar os braços. O que pode uma Tess contra um mundo tão desumano? O que pode um Justin, ainda que muito perto dos papéis que controlam o mundo; o que pode ele diante daqueles que têm o poder e a coragem de jogar golfe num campo verde e cuidado, mesmo ao lado de uma população em lama e lixo, a morrer de Sida e de fome?
Um filme muito profundo que todos devemos ver, uma prova que o cinema desperta e nos inspira para as coisas que precisam de ser mudadas ainda que o argmento seja ficção, aquelas imagens, aquelas aldeias eram reais... O filme acaba e as diferenças entre os povos continuam. As ervas daninhas continuam a existir e proliferam ficando a pergunta, será que um dia alguém lhes deita a mão?
O mundo é demasiado egoista, é triste, mas infelizemente não acredito que um dia as coisas possam mudar.
Por: Olga Pinto

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Prime

Terapia de amor(2005)
Realização:Ben Younger
Com: Meryl Streep, Uma Thurman, Brian Greenberg
Pois é, quinta-feira, dia de estreias no cinema, e as tickets ficaram em casa junto dos seus dvds… ninguém merece. Ainda para mais, azar dos azares, a escolha de filme não poderia ter sido pior. Estávamos nós, ainda com esperança de ver um bom filme, sentadas no sofá de frente para a televisão. Tínhamos escolhido uma comédia, que até é relativamente recente (2005), as tickets adoram uma boa comédia e queriam soltar umas gargalhadas. Vimos a capa… uau! Vai ser mesmo este. Afinal de contas, um nome como o de Meryl Streep convence de imediato… depois olhamos para a Uma Thurman na capa e suspiramos nostálgicas; juramos rever o Pulp Fiction… por fim reparamos num actor que nunca tínhamos visto, Brian Greenberg por sinal bastante giro.
Título em português: Terapia do amor. Ok, até aqui tudo perfeito, até começarmos a ver o filme.
Meryl, amamos-te tanto… como é que um filme como este pôde contar contigo? ( as tickets veneram assumidamente esta diva do cinema) Mas nem tu, o conseguiste salvar…
Fora de brincadeiras, tirando a interpretação de Meryl Streep, o restante elenco leva 2.5 em 10 (incluindo Thurman ).
O argumento é deveras cliché, os cortes e analepses terrivelmente descontextualizadas… as falas limitam os actores… nahhh este filme de Ben Younger, não nos convenceu.
Amanhã compensamos, agora vamos dormir, que as pálpebras já pesam...
Beijinhos e bons filmes!

Por: Olga Pinto

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Changeling

A Troca(2008)
Realização: Clint Eastwood
Com: Angelina Jolie, Jonh Malkovich
E
ste é um daqueles tão perfeitos, tão perfeitos, tão perfeitos que quando encontramos uma pequenita imperfeição nos sabe tão bem que não nos fartamos de a divulgar a quem passa… eheheh! Pois é… Clint Eastwoodzinho …na parte em que o médico psiquiatra mostra a fotografia a Christine Collins, a fotografia não mostra as pessoas que estavam por de trás dela e do miúdo. Ah pois é! Só o olhar clínico das tickets poderia ter detectado semelhante lacuna.
Brincadeirinha… este filme, absolutamente genial e interpretado de forma soberba por Angelina Jolie (talvez só retiraríamos o Baton encarnado que acaba por distrair um pouquinho…), conta a história verídica de uma mãe solteira, dos anos 20, que apesar de só ter o filho na vida, o perde. O destino não poderia ter sido mais injusto, quando numa tarde de sábado em que havia prometido ao filho ir ao cinema; recebe um telefona e tem de ir trabalhar. Quando regressa a casa, esta mãe já não encontra o filho, Walter.
O filme é excelente, as críticas aliás têm feito jus à beleza e fidelidade ao tempo, ao guarda roupa, o bom gosto musical e de casting... só elogios.
De louvar até algum humor conseguido na parte final … aquele “Silent night…” cantado por alguém preste a ser enforcado é simplesmente hilariante, apesar da gravidade do tema em questão.
Em relação à filosofia inerente ao filme, temos que é evidente um esforço para centralizar a impotência do cidadão comum, face à omnipotência do Poder Judicial.
Mais até do que isso, espectador compreende o poder que os media exercem na sociedade e sob a opinião pública e restantes poderes. Os media que funcionam como uma espécie de contra-poder na sociedade. O poder do discurso mediático e a importância de o analisar…
Não obstante, há que frisar o caso particular da personagem principal deste filme. É que Christine, apesar de tudo e de todas as vicissitudes, teve do seu lado alguma sorte e apoio.
Ao contrário do que se tem escrito em muitas críticas, não se trata da luta de apenas de um cidadão. Ao longo de todo o filme, é evidente a impotência de Christine em relação a tudo, apesar de ter renunciado conformar-se ao longo do filme, temos de admitir que a história teria sido diferente, não fosse a ajudinha do reverendo Briegleb e claro, a boa vontade daquele advogado….
Outro tema explorado é a maldade, e a fragilidade das crianças, que enfrentam um mundo perigoso, que nunca estão em segurança. Um filme que pretende transparecer que de súbito a nossa vida pode tornar-se um inferno, num sofrimento só e angustiante, impotente… que nos consome. No fundo um changeling (mudança) que nenhuma mãe merece.
No final…enforcam-se os assassinos mas nunca se recupera aquilo que se perdeu.
Fica a esperança. A tal “Hope” com que Christine se despede de nós, no final do filme. Quanto a nós, pensamos que “Hope”poderia ter sido substituída pela palavra “Faith”, já que a esperança foi coisa que Christine nunca deixou de ter ao longo de todo o filme e de toda a sua vida.
Um filme excelente e imperdível mas perturbador, sobretudo para quem é mãe.
E se fossemos nós? E se fossemos nós…
Por: Olga Pinto

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Griffin & Phoenix

Griffin & Phoenix (2006)
“What are we are going to do ? Well, I guess we are going to die…”
De que vale ser duro? De que vale querer viver aquilo que ainda não vivemos? De que vale fingir que somos mais fortes do que aquilo que somos de verdade?
Este filme levanta muitas questões importantes. A mais importante de todas é a de sabermos dar valor à vida, depois vem o direito que todos temos de nos zangarmos com o mundo, mesmo que este não entenda porquê, e por último, a necessidade de partilhar, de sentirmos o amor para nos esquecermos de nós. O amor que se revela sempre que o medo de perdermos alguém é superior ao medo de nos perdermos a nós próprios.
A história de um casal que sem saber, enfrenta o mesmo drama, e que se apaixonam já com pouco tempo para viver esse amor.
A imagem que mais nos ficou do filme, foi a parte em que eles fazem amor numa torre de um relógio. Simplesmente lindo aquele plano em que a sombra daqueles dois corpos se vai deitando à medida que a câmara de afasta… vamos contemplando aquele relógio, a imagem do tempo a passar, o tempo que não pára, o tempo que segue impiedoso sem esperar por ninguém. O tempo injusto...
O que é importante? Viver momentos especiais, junto de quem nos faz bem; darmo-nos conta de que aquilo que temos é realmente especial, mesmo que possamos pensar que o que temos é pouco.
Um filme muito romântico, triste e marcante que nos acorda para a crueldade de sabermos que a vida continua… mesmo que um dia para nós tenha de acabar.
Vê. Vais gostar. (mas prepara um lenço, ok… )
Por : Olga Pinto

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

O Sexo e a Cidade

O Sexo e a Cidade
Realização:Michael King
Com: Sarah Parker, Cynthia Nixon, Kim Cattrall, Kristin Davis
Ora aqui temos um exemplo daquilo que não se deve tentar fazer em cinema: O Sexo e a Cidade. Mas então, perguntam vocês e bem : “mas tickets dizeis que não se deve fazer sexo na cidade?” ao que nós respondemos: “ não sejais assim suas mentes depravadas, falamos do filme, do filme… oh bailha nos Deus” (que nos perdoem todos cristãos pudicos das igrejas das terceiras revelações )
Mas já que já estamos neste caminho … podemos ousar e usar o título do filme para explicar aquilo que pretendemos dizer de uma forma mais clara.
Pessoal, uma coisa é o Sexo, outra coisa é a Cidade. São coisas distintas certo? Certo. Do mesmo modo que uma coisa é uma série televisiva e outra coisa, bem diferente, é um filme. Nesta linha, temos que uma série é a cidade, com todas as suas casinhas e ruazinhas e com quem criamos uma ligação e passamos a amar :D; e temos que um filme é o sexo, que claro também pode passar a ser a cidade, mas para atingir esse objectivo tem de se saber dominar as técnicas… de direcção pessoal ! e de direcção em termos de realização… bolas, a língua é matreira! Oops again… bem é melhor esquecermos esta metáfora, que já nos tá a trocar as voltas ao cerne da questão. *tickets spanking their own hands*
Esperamos que não tenham ficado em estado de choque, ( porque nós estamos, mas acontece…) mas o que queríamos dizer, antes de termos descido de nível, era que este filme é muito mau. E por quê? Michael King propõe de modo falhado, uma “rapidinha” com os espectadores. Para quem já conhece o corpo da história, tudo bem… para quem nunca viu a série… “até se come”mas não se tem vontade de falar muito sobre o assunto. Desculpem outra vez a rudeza desta expressão, mas é que ficamos profundamente desiludidas com o filme.
Não fosse o momento de "gargalhada garantida" proporcionado pela parte em que Charllote bebe da água do México, e não teriamos nada de interessante para contar, a não ser, talvez o incrível guarda-roupa, e claro a personagem “Dante” eheheh (brincadeirinha…)
Em relação à nova assistente de Carrie também temos algo a dizer, Jennifer Hudson não nos convenceu. Em DreamGirls tinha provado ser uma mulher com garra e uma actriz com enorme potencial (pelo menos vocal), mas neste papel … não.
Em resumo temos que esta é uma comédia triste, que não faz justiça à série.
Por: Olga Pinto
4 em 10 (para não ser menos)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Hancock (2008)

HanCock
Realização: Peter Berg
Com: Will Smith, Charlize Theron
Temos mesmo, de te falar de um filme de Peter Berg, muito recente que se calhar já tiveste a oportunidade de ver: Hancok.
Will Smith aparece totalmente diferente, um super herói sem maneiras e muito bruta montes, completamente borrachão e trapalhão. O único super Herói à face da terra, que ninguém sabe se há-de odiar ou adorar.
É basicamente um super herói irresponsável que será salvo por nada mais nada menos, do que por um Relações Públicas, cheio de sonhos, e muito boa pessoa. Eheheh ( e é aqui que puxamos a brasa para a nossa sardinha). É que este RP vai acabar por salvar o mundo, se vires o filme vais perceber porquê. Este é um filme cheio de surpresas, o que não é fácil, este deve ser um dos temas mais batidos do cinema: um super herói e um mundo para salvar.
No entanto Peter Berg consegue ser inovador e apresenta uma nova versão de super herói.
Finalmente! Temos de ser sinceras, já era preciso no cinema um super herói morenaço, cheio de estilo, e ainda melhor se for o nosso Will ^-^.
Charlize Theron também muito gata neste filme ( arghhhhhhhh! ) e pronto…a provar que é uma excelente actriz. Agora a sério… ela é o elemento surpresa, e está demaisssss!
Mas não te vamos contar mais nada, só te dizemos isto: se gostas de humor, acção, um bom argumento, junta isto a um elenco e banda sonora excelente e tens Hancock, o super herói que ninguém quererá ser… o super herói que se vai confrontar com o pior dos desafios: ter de estar longe e infeliz para deixar quem ama sobreviver…ooopppppppps desculpem não aguentamos sorry! Now its too late... Vá, nós acabamos aqui, corram já a alugá-lo.
HanCock rocks!
Por: Olga Pinto
7 em 10 estrelas

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Haverá Sangue

There will be Blood
Realizado: Paul Thomas Anderson
Com: Daniel Day Lewis, Paul Dano, Kevin J. O`Connor
Haverá sangue é um filme surpreendente e imperdível. Excelente realização, argumento, elenco… não existem palavras para descrever a brilhante interpretação de Daniel Lewis, neste filme, maravilhosamente escrito.
Começamos com um homem profundamente só, que trabalha numa mina. No início do filme, o silêncio preenche o espaço e vê-se o empenho e esforço daquele homem, durante alguns minutos. É um homem magro e alto, é Daniel Plainview.
Daniel Plainview é um homem, ganancioso e muito inteligente. Tem o dom da palavra, sabe negociar, convencer as pessoas. Depois de um acidente num poço de petróleo, uma criança fica órfã, e Daniel adopta essa criança, percebemos um grande amor por ele, H.B Plainview. Plainview define o seu trabalho "como uma empresa de família", é assim que convence as pessoas. É um homem determinado e que só pode contar com o filho, que ainda pequeno.
Como diz mais para a frente, “ tenho um sangue competidor e não suporto pessoas” e fecha-se assim, no seu mundo, como o único objectivo de conseguir vencer no mundo dos petroleiros. Encontra uma oportunidade de negócio fantástica e não a deixa escapar, compra os terrenos à população e explora essa zona rica em petróleo, prometendo educação, àgua, pão e prosperidade.
Nessa cidade em que passa a viver, existe uma igreja liderada por Elis, um Jovem visivelmente instável, mas também extremamente inteligente, que tenta negociar com Daniel de uma forma muito suspeita para quem se diz santo. Elis encarna o pastor salvador da aldeia, e as pessoas parecem acreditar nele, cedendo a um fanatismo evidente, cegas pela sua capacidade de teatralizar.
Fundamentalmente este filme fala-nos de um homem muito inteligente e ganancioso, com jeito para os negócios e para lidar com as pessoas mas ao mesmo tempo, sem paciência para elas. Um homem que não se deixa enganar e extremamente intuitivo, fechado numa frieza aparente, que nos apaixona.
É impossível não gostar dele, porque no meio de toda aquela ambição, percebemos um homem justo mas sem paciência para lidar com o lado absurdo das pessoas. A religião, a ganância, a mentira e a raiva são os temas mais explorados.
O exemplo dessa frieza justa é quando ele desiste do filho, quando este, ingrato, lhe diz que vai embora para o México para criar a sua própria empresa. É aí que Daniel revela que ele não passa de um bastardo e que com aquela atitude tinha provado que já não era nada a si, passaria a ser apenas competição… Frio? Sim… mas justo. Daniel sempre o amou, porque razão lhe vira o filho as costas?
Outro exemplo é quando negoceia com Elis, e se apercebe da ganância daquele rapaz. Esta parte do filme é extremamente importante, faz-nos reflectir sobre a religião. Sobre os falsos profetas, sobre a arte de negociar. Daniel será novamente frio, certo. Mas deixa de ser justo? Não. Quem é que tem paciência para fanatismos, para armados em espertos? Ninguém...
A história de um homem forte que consegue tudo através do seu próprio esforço, sem poder contar com mais ninguém. É um homem sem amor? Não, ele amou verdadeiramente aquele filho.
Um homem duro, mas que detesta ser chateado...
Um filme fenomenal, como poucos. Definitivamente o melhor de 2008. Corre a alugá-lo.
Por: Olga Pinto
10 em 10