segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Slumdog Millionaire

Slumdog Millionaire(2008)
Realização:Danny Boyle, Loveleen Tandan
Com:Dev Patel, Anil Kapoor, Saurabh Shukla, Freida Pinto
Ainda há quem acredite no destino e de que o mesmo está escrito... sabe-se
lá por quem. Pessoalmente, prefiro acreditar que o destino de facto existe, mas que é escrito por nós. Mas temos de admitir que uns - mais do que outros - têm a felicidade de contar com um factor sine qua none:a sorte, ou se quisermos, a lotaria natural... O facto de se nascer aqui ou ali, de crescer dentro do tempo ou fora dele, de encontrar ou de perder o amor, de pertencer a este ou aquele corpo... etc etc.

No fundo a grande questão está no facto de na maior parte das vezes, não percebermos que as respostas para as decisões mais importantes que tomamos, estão em tudo aquilo que vivemos e passamos na vida. O que temos é de confiar em nós próprios e em mais ninguém.

Quem quer ser milionário é um filme que nos consegue fazer reflectir acerca do quão díficil é fazer acreditar que há uma recompensa possível que nos espera em relação ao nosso percurso de vida. Um filme que nos mostra o contraste dos mundos e a influência mediática do mundo Ocidental, em parte por culpa de um mundo Globalizado, ou ainda como há quem diga "Glocalizado". Mundos que se fundem numa onda de contrastes, mas que permanecem iguais a eles mesmos: Racionais ou sonhadores, em que acreditar, pertenceremos de facto a alguma destas qualidades?
É um filme que nos inspira para a crença de que um dia se merecermos seremos recompensados, um filme que nos proporciona diferentes tipos de sensações e que de facto merece ser visto.
Se merecia ou não o óscar, não sei dizer, mas que é um filme excelente, é.
Who the f* cares?
8.5 em 10
Por: Olga Pinto

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Burn After Reading

Burn After Reading (2008)
Realização:Ethan And Joel Coen
Com:John Malkovich, George Clooney, Tilda Swinton, Frances MacDormen, Brad Pitt
Aqui está um filme divertido e inteligente. Uma comédia incisiva com alguns salpicos de loucura tal como gosto de experenciar, sempre que vejo um filme destes fantastic two.
Um filme com uma mensagem codificada ( eheheh a verdadeira informação valiosa do argumetnto) que ridiculariza a necessidade das forças de inteligencia secretas; um filme que pretende demonstrar que o mundo já não faz sentido e que todos nós pertencemos a um grupo específico de idiotas que habitam uma terra dos sonhos.
Portanto, confesso que foi muito divertido descobrir tantos idiotas, que no fundo somos todos nós, de uma maneira ou de outra. Idiotas que vamos ao ginásio exercitar todos os músculos e nos esquecemos cada vez mais daqui do nosso tecidito nervoso- le brain.Idiotas que casamos para pouco depois termos amantes, e que nos divorciamos para recomeçar um novo inferno; idiotas que bebemos e perdemos os nossos empregos para depois culparmos o sistema.
Quando penso na personagem Linda, por exemplo, penso que ela está li para nos chamar a atenção para a idiotice que nasce de uma insatisfação auto determinada, cega e solitária a que todas as mulheres do mundo actual se entregam, a sociedade plástica e desesperada pelo estético.Quando penso na personagem de Brad Pitt, ( o Chad) acho que representa simultaneamente uma idiotice inocente mas hiper activa. Depois temos a personagem Sandy, a mulher ingénua vitoriosa, mostrando que os vencedores do mundo neo moderno são aqueles que se fazem de burros. O engraçado é que nada disto são informaçoes secretas ou Top Secret. Todos nós, sabemos que pertencemos a uma sociedade de idiotas! ehehheheheh.
Gostei bastante do filme, e não o digo apenas por se tratar de um filme com assinatura dos irmãos Coen. Gostei porque eles têm uma capacidade de humor fantástica e única. Gostei porque compreendi.Não só conseguem fazer rir como conseguem fazer pensar. E aqui está mais um filme Original ;).
8 em 10
Por Olga Pinto






A Duquesa

The Duchess(2008)
Realização: Saul Dibb
Com: Keira Knightley, Ralph Fiennes
Pois é, como todos sabem, ontem (que para mim ainda é hoje, porque ainda não fui dormir) foi dia de S.Valentim. Um dia dedicado ao romance e às coisas do amor, uma coisita tão díficil de compreender. Os restaurantes lotaram, e os cinemas quase que aposto que também, porque apesar da crise, há sempre uns troquitos para celebrar o amour, nem que seja só uma vez por ano...
Relacionado com o tema está este filme A Duquesa, que infelizmente foi o filme que escolhi ver hoje, em parte porque aprecio o trabalho de Raph Fiennes, e tenho acompanhado a evolução de Keira Knightley e porque não consegui alugar o Brick uma vez mais (Guilherme, na segunda sem falta, nem que chova vejo este filme que nos recomendaste ;) ).
Infelizmente, posso dizer que este é um filme que não acrescenta nada de novo ao mundo do cinema. O tema é demasiado batido e explorado que acaba por ser um filme de leitura cansativa.
O único ponto de reflexão que posso filtrar deste filme, é que demonstra que o esplendor e o estatuto social são apenas pequenas partícula temporárias, de felicidade. Mais tarde ou mais cedo, a infelicidade (que nasce e é insopurtável quando não há amor)trata de arranjar um amante, aliás, mesmo hoje, reina a hipocrisia social, os casamentos de fachada estão aí... e tudo porque no fundo toda a gente precisa de se sentir amado/a . Não precisamos por isso de recuar todos aqueles séculos, para chegarmos à conclusão de que, muitas mulheres, ainda hoje, são infelizes dentro das suas próprias casas, e que só suportam essa infelicidade em nome da felicidade dos filhos.
Mas retomando ao tema do dia dos namorados, ainda bem que hoje temos o direito de namorar anos a fio antes de se dar o nó, coisa que não acontecia no tempo retratado pelo filme. Mas mesmo assim, não posso deixar de reflectir em relação a isto, relacionando-o com o filme. Mesmo depois de todas as vicissitudes, no fim, este tricasal acaba por se respeitar, o que me faz pensar que o elemento fundamental para uma relação é de facto o tempo. O tempo que nos faz crescer e nos transforma. O tempo que trás o amor e nos rouba a paixão.
Pois é, mas que pessimismo... e a culpa é do filme, claro. Não gostei.
Beijinhossss para todos os apaixonados... pelo cinema!!!!!!!!
6.5 em 10
Por: Olga Pinto

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

The Wrestler

O Wrestler(2008)
Realização:Darren Aranofsky
Com: Mickey Rourke, Marisa Tomei
A luta livre é um desporto de entretenimento muito popular em todo o mundo, pelo que o tema deste filme é muito popular e à partida será sucesso garantido. Já tivemos a oportunidade de o ver e podemos dizer que não se trata de um filme excelente, tirando Mickey Rourke que esse sim está excelente, irreconhecível e incrível. O filme ganha pontos pelo facto de parecer um documentário real sobre a vida de um homem que consegue suportar todas as dores, menos a dor de não fazer aquilo que gosta. Para além destes aspectos, temos de referir que este é um filme que pretende demonstrar que o Wrestling não é só teatro, é mais do que isso, é a dedicação de vidas em tudo reais, que oferecem um dos produtos mais dificeis de produzir: a adrenalina e a emoção...
Aqueles lutadores, se os podemos chamar assim, entregam o coração (literalmente) para fazer aquilo que gostam, mesmo que já não se usem os jogos de Nintendo ou que tenham de suportar o terrível fado de que o tempo passa e o corpo envelhece.
O wrestling é de facto algo muito interessante para estudo. O público vibra e acompanha aquele espetáculo com um brilho nos olhos como se de facto aquilo fosse verdade.
Apesar de ter achado este filme um pouco parado, admito, que alguns momentos ao longo do filme acabaram por conseguir de facto, acordar o meu ânimo, e que não me posso considerar desiludida, mesmo não sendo apreciadora do desporto, gostei do filme. No entanto, não o posso considerar um grande filme.
Na minha opinião, este The Wrestler é positivo e digno de ser visto, pelo facto de contar com a participação de Rourke, e por nos contar que o mundo do espectáculo é aquele em que um artista se entrega ao público de alma e coração.
7 em 10
Por: Olga Pinto

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Into the Wild(2007)

A verdadeira felicidade só existe quando é partilhada.
Realização:Sean Penn
Com:Emille Hirsch,William Hurt, Jena Malone.
A hipocrisia do mundo não é suportável para todos. Aliás, todos nós já experienciamos de uma forma ou de outra, essa desilusão perante este mundo tão mentiroso, material e limitador. Nascemos e somos um corpo ao serviço da SOCIEDADE. E quem deu o direito à sociedade para nos obrigar a coisas que no fundo não fazem sentido. Quem deu direito à sociedade para nos obrigar a crescer perante um cenário de mentiras, ou para nos proibir a descida de um rio? O que é verdadeiramente viver em liberdade?
O que é verdade é que vivemos num mundo em nada natural. Não sabemos quem somos, vamos vivendo por viver.
Os livros e a musicalidade das palavras inspiraram este SuperTramp de 23 anos, que resolve deixar tudo para trás num sonho de chegar ao Alaska e viver aí, no selvagem, na verdade.
Poderá para muitos até parecer uma crise de identidade, de adolescente revoltado. Mas será mais do que isso. É um filme original e deliciosamente poético, como um raio de luz que tenta provar que existem pessoas que ainda procuram por algo maior.
8 em 10
Por: Olga Pinto


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Gran Torino

Gran Torino (2008)
Realização: Clint Eastwood
Com:Clint Eastwood, Christopher Carley
Relax... Não te vamos estragar o prazer de descobrires por ti, este filme de Eastwood, que ainda não estreou... Não seria justo para ti, que ainda não viste hihihihi :P
Vamos apenas postar umas poucas palavras acerca deste filme, e do que podes esperar dele.
Podes ter a certeza que Eastwood está fantástico, perfeito na sua voz rouca e olhar desconfiado, tal como o lembramos e gostamos nele... mas não esperes muito mais dos outros actores, na maioria asiáticos, que acabam por não ter culpa, porque são raros os que têm realmente queda para a representação.

O melhor do filme é de facto, o argumento, que nos faz reflectir acerca da religião, do declínio da juventude que vão perdendo os seus valores; e de uma geração que vai morrendo, representada por Eastwood, zangada e desiludida com um mundo cada vez mais intercultural e repleto de gangues.
No fundo, já não se fazem carros como antigamente. Um homem faz-se homem sendo duro, e uma vez herói, para sempre herói.
Um filme perfeito e que vais adorar ver
8 em 10
Por: Olga Pinto





Blindness

Ensaio sobre a Cegueira(2008)
Realização:
Fernando Meirelles
Com:Julianne Moore, Mark Ruffalo, Danny Glover
Um filme que admiramos profundamente, primeiro pelo orgulho de ser baseado numa obra de Saramago, depois, porque a técnica de filmagem é perfeita, subtil, repleta de detalhes que nos deliciaram os olhos, e pertubaram o coração. Meirelles, tem o seu estilo próprio, espetacular, tal como haviamos tido a oportunidade de ver em The Constant Gardner.
Apresenta-nos um filme, que nos proporciona cerca de 120 minutos de constante reflexão, em que vamos experienciando sensações diversas, quer seja o medo, o nojo, a perplexidade, impotência e revolta...
O que seria do mundo, se todos nós ficassemos às escuras, perdidos numa cegueira que nasce sem aviso ou razão. Pior, o que poderiamos nós fazer, se tivessemos sido os únicos com a sorte ou o azar de continuarmos a ver, esse mundo em sofrimento, se tivesses de fingir que não vias apenas para poderes estar com a pessoa que amas?
Um amor, note-se, jamais representado em cinema, num filme que contou com interpretações brilhantes, como a de Julienne Moore perfeita e para nós, incomparável.
Este filme, faz-nos ver, o quanto somos frágeis, auto-destrutivos, e impotentes; e o quanto precisamos de líderes com o ângulo de visão certo, para podermos de facto, sobreviver.
Um filme brilhante e imperdível.
9 em 10
Por: Olga Pinto