domingo, 15 de fevereiro de 2009

A Duquesa

The Duchess(2008)
Realização: Saul Dibb
Com: Keira Knightley, Ralph Fiennes
Pois é, como todos sabem, ontem (que para mim ainda é hoje, porque ainda não fui dormir) foi dia de S.Valentim. Um dia dedicado ao romance e às coisas do amor, uma coisita tão díficil de compreender. Os restaurantes lotaram, e os cinemas quase que aposto que também, porque apesar da crise, há sempre uns troquitos para celebrar o amour, nem que seja só uma vez por ano...
Relacionado com o tema está este filme A Duquesa, que infelizmente foi o filme que escolhi ver hoje, em parte porque aprecio o trabalho de Raph Fiennes, e tenho acompanhado a evolução de Keira Knightley e porque não consegui alugar o Brick uma vez mais (Guilherme, na segunda sem falta, nem que chova vejo este filme que nos recomendaste ;) ).
Infelizmente, posso dizer que este é um filme que não acrescenta nada de novo ao mundo do cinema. O tema é demasiado batido e explorado que acaba por ser um filme de leitura cansativa.
O único ponto de reflexão que posso filtrar deste filme, é que demonstra que o esplendor e o estatuto social são apenas pequenas partícula temporárias, de felicidade. Mais tarde ou mais cedo, a infelicidade (que nasce e é insopurtável quando não há amor)trata de arranjar um amante, aliás, mesmo hoje, reina a hipocrisia social, os casamentos de fachada estão aí... e tudo porque no fundo toda a gente precisa de se sentir amado/a . Não precisamos por isso de recuar todos aqueles séculos, para chegarmos à conclusão de que, muitas mulheres, ainda hoje, são infelizes dentro das suas próprias casas, e que só suportam essa infelicidade em nome da felicidade dos filhos.
Mas retomando ao tema do dia dos namorados, ainda bem que hoje temos o direito de namorar anos a fio antes de se dar o nó, coisa que não acontecia no tempo retratado pelo filme. Mas mesmo assim, não posso deixar de reflectir em relação a isto, relacionando-o com o filme. Mesmo depois de todas as vicissitudes, no fim, este tricasal acaba por se respeitar, o que me faz pensar que o elemento fundamental para uma relação é de facto o tempo. O tempo que nos faz crescer e nos transforma. O tempo que trás o amor e nos rouba a paixão.
Pois é, mas que pessimismo... e a culpa é do filme, claro. Não gostei.
Beijinhossss para todos os apaixonados... pelo cinema!!!!!!!!
6.5 em 10
Por: Olga Pinto

6 comentários:

Álvaro Martins disse...

Finalmente concordo contigo.:) Também acho o filme fraquinho, e de facto a mensagem que passa é que embora precisem do amor e acabem por procurá-lo, a mulher (como ser humano) é mais forte que o homem e consegue superar traições e humilhações que lhe sejam infligidas até dentro de sua própria casa, embora hoje em dia se veja muito menos essas situações pois a mulher tem um estatuto completamente diferente do que tinha na década do filme ou até mesmo há 50 anos atrás.
Mas isso é outra história... em relação ao filme concordo e até acrescento...o melhor do filme é mesmo a Keira Knightley...:)

Bjs

Guilherme Teixeira disse...

Mais um filme que tenho na minha lista de coisas para ver, principalmente pela presença de Keira Knightley.
Quanto ao pessimismo, uma dose razoável de pessismo até é saudável.
Muito sinceramente, há algum tema que não esteja demasiado batido ao fim destes 114 anos desde os Lumiére. Quanto muito o que podemos esperar são diferentes métodos narrativos e histórias diferentes porque os temas em si são sempre iguais...
Quanto ao tempo tirar a paixão não concordo com isso, alías cada vez que vejo o Cyrano com Gerárd Depardieu lembro-me precisamente do contrário, que os grandes amores resistem até mesmo à passagem do tempo.

P.S. Estou a ver que daqui a pouco vou ter que vos mandar o Brick por correio...

Sam disse...

Apesar de tudo, tenho alguma curiosidade em ver este filme. Está marcada uma visualização para breve.

Cumps. cinéfilos.

P.S.: excelente blogue, já se encontra na minha lista de links.

Unknown disse...

Eu não venho propriamente comentar o filme. Afinal não o vi nem tenho grande interesse em fazê-lo. No entanto venho aqui referir que até já tenho a capacidade de dar origem a votações :p Não é para qualquer um. eh eh

Mas eu sei que tenho razão. :p

Bjs

tickets4three disse...

oi Álvaro :D ufa estava a ver que não... Sim,temos de valorizar sobretudo Keira e Ralph ... de resto é apenas mais umfilme para passar daqui a pouco tempo na Tvi ao domingo à tarde.Beijos

Guilherme, tens razão a originalidade é coisa rara nos dias de hoje, mas surpreendentemente temos visto mais filmes originais e sui generis ultimamente, o que é bom e refuta um pouco a tua hipótese ehehe
Bom estudo e sorte para amanhã.

Sam, obrigada pela tua visita vamos visitar todos os teus blogues de seguida. Beijinhos

Fifeco, Vilipidi pois é, será que tens razão... hummm vamos ver vamos ver, tudo indica que sim. But are you 100% sure? eheheh

ehehe beijokas world size
ps. pois, não vejas este filme, realmente não vale a pena.

Guilherme Teixeira disse...

Como eu estava a tentar dizer filmes originais até podem existir mas os temas são sempre os mesmos. Discriminação, ódio, amor, o bem, o mal, a condição humana, guerra, paz, etc. Todos os temas já foram mais que batidos, as únicas diferenças é nas abordagens dos cineastas, tanto ao nível do argumento, fotografia, edição, etc.
Qual é o filme que viram nos últimos tempos que tem um tema original e nunca antes abordado? É que deve ter sido algum que não puseram aqui no blog...

:-P

Bjs