Wicker Park

O apartamento (2004)
Com: Josh Hartnett
Realizado: Paul Mcguigan
Bem, ontem quem decidiu ficar acordado até tarde a ver televisão na SiC teve a oportunidade de ver Wicker Park, (O apartamento). Confessamos que ainda não o tínhamos visto, apesar de até ser um filme recente, de 2004 ( lol só tem 5 anos... eheheh ). No entanto, depois de o vermos, descobrimos que afinal não tinhamos perdido grande coisa.
É um filme romântico? É. É um filme com um argumento atraente e popular? É. É um bom filme? Não.
Este é um daqueles filmes que, por tentar fazer muito, acaba por não fazer nada. Mais, é um filme que tenta confundir o espectador desde o início, para que no final até pareça que tem um desfecho inteligente. Mas esta trama romântica, vê esse objectivo de criar espanto, frustrado, por inúmeras razões.
Primeiro o elenco, terrível...o óscar para a pior escolha vai para Matthew Lillard, que se podia ter deixado estar no Scream ou no Scooby Doo, que estava muito bem. Rose Byrne, também não convence e o que safa é Josh Hartnett, mas enfim não há milagres.
Primeiro vemos um rapaz,Matt (Hartnett), profissionalmente bem sucedido e noivo; prestes a viajar em negócios para a China. No entanto, depois de ter reconhecido a voz de uma mulher que falava ao telefone, dentro do mesmo restaurante, a sua vida muda. Reencontra um amigo de longa data e desabafa dizendo que nem mesmo depois de dois anos, conseguiu esquecer Lisa. Desconfortado com o facto de esta ter desaparecido sem motivo.
De repente, decide desistir de viajar, e às escondidas da noiva, vai à procura daquela mulher misteriosa.
Mas os caminhos desencontram-se e ele nunca mais a encontra. Quando finalmente a pensa encontrar, ou melhor, quando finalmente até nós pensamos que ele a encontrou; a câmara mostra uma mulher totalmente diferente, apesar de estar na mesma casa e usar o mesmo casaco. Lol...
A partir daqui a história do filme fica virada de pernas para o ar. Esta mulher que se disse foragida de um ex-namorado mais velho, que a persegue; acaba por passa a noite com o jovem rapaz supostamente apaixonado por Lisa.
Até aqui tudo bem, até vemos um homem mais velho que observa de longe as duas sombras de luz, no apartamento. Mas acontece que esse homem não aparece mais. Foi posto ali para nos enganar…É que aquela mulher, que se diz enfermeira e com quem Matt passa a noite, não passa de uma lunática mal amada que sempre foi apaixonada por Matt. Confuso? Espera até veres o filme…
Alex é actriz e sempre observou Lisa; vivia no apartamento em frente ao dela e por um acaso, ficaram amigas. Certo dia, quando filmava Lisa enquanto esta dissertava Shakespeare, descobriu que a máquina não dava som. É então que, depois de ter mandado a máquina para arranjar, que Alex se apaixona por Matt que trabalha nessa loja.
É aqui que percebemos que afinal, é Alex a vilã. Uma mal amada, que no fim acabamos por não perceber se tem uma fixação por Matt, ou por Lisa.
Mas certamente, que, para os mais românticos, este será um filme delicioso. No fim até acaba no aeroporto e tudo, ao som dos Coldplay.. .“ nobody said it was easy….” O casal reencontra-se novamente e são felizes para sempre, ali, no chão do aeroporto.
Este filme é demasiado cliché, forçado: o amor à primeira vista; o amor invejado pela vilã mal amada e psicótica e que usa camisas apertadas até ao pescoço…; a separação dolorosa, mas que dá para entretanto deixar alguém noivo de outro alguém; ah ! e claro… o momento decisivo do:
“ não! não entres nesse avião porque se não eu morro…” música soft e a câmara lenta e plim… "here we are again, passou dois anos mas eu nunca te esqueci. .." Plizzz... menos ok?
Um filme que se vê mas que não convence, mas se quiseres ver... go a head ; ) Até pode ser que gostes, os gostos não se discutem, mas este filme não é definitivamente, para o nosso.
Por: Olga Pinto
4 em 10 estrelas