sábado, 13 de dezembro de 2008

Crítica O Dia em que o Mundo Parou

"If you die, the Earth survives."
Pois é, aqui vai quentinha, uma crítica que acaba de sair uma hora depois de termos visto o filme.
Primeiro devemos dizer que a sinopse parece falar de um filme diferente daquele que acabamos de assistir. A história do filme não tem nada a ver com esse resumo que corre por aí. Vamos por isso começar por tentar fazer a nossa própria sinopse:
A terra está em perigo. O perigo da terra somos nós e por isso a solução será extinguir a humanidade como única saída para conseguir salvar a terra; um planeta com um potencial demasiadamente precioso para ser destruído em prol de uma só espécie.
Klaatu é enviado para negociar com as pessoas da terra, mas percebe que a negociação é impossível e por isso resolve dar início ao processo de extinção dos humanos, libertando milhares de micro organismos (espécie de micro pulgas aliegenas) que vão desintegrando tudo de material e físico por onde passam. Entretanto os outros animais e seres orgânicos haviam sido protegidos em esferas levitantes que à semelhança da arca de Noé os protegeriam do dilúvio.
No entanto, Klaatu ao ver o amor que Helen sente pelo filho, acaba por ser complacente e desiste de dissipar a raça humana, decide dar-nos uma nova chance, e acabamos por sobreviver. Ufa! Ainda não é desta…
O filme tem um bom argumento, Keanu é de facto o actor ideal para este personagem frio e distante. A virtualidade cénica está também ela bem conseguida, contudo é pouco feliz em inúmeros aspectos.
Desde logo, o resto do elenco, a não corresponder às expectativas. Muitas cenas poderiam ter tido um alto impacto emocional no público e não conseguiram tê-lo devido à inexpressividade dos actores.
A banda sonora por exemplo, não é nada razoável. Ficamos na dúvida se em algumas partes não teriam sido usados cds riscados ou se havia de facto pequenas falhas de som.
A publicidade presente no filme é muito evidente. Quase descaradamente, o filme fala do Mc Donalds, e da marca LG. São estes definitivamente os patrociadores do filme, fizeram questão de o frisar bem. Este foi outro aspecto negativo, uma vez que acabou por nos fazer lembrar constantemente os propósitos comerciais do filme.
A secretária do presidente dos EUA também não convence, e o filme não explica porque razão a iminência do fim do mundo, seria uma secretária quase a decidir autonomamente. No entanto, até concordarmos que se um dia o mundo tiver de acabar, pois que comece pelos EUA, ehehe sim temos mais tempo ; ).
Mas não cabe aqui criticar a validade dos argumentos do filme. É ficção e o que conta é deixarmo-nos levar por ela .
Como todas as obras de ficção-ciêntifica, já era de se esperar alguns exageros inerentes para acrescentar ênfase ao argumento, que por sua vez é bastante actual, chegando até a ser educativo na medida em que realmente é imperativo uma nova atitude da nossa parte para com a Terra. O filme trabalha bastante bem a ideia de que o homem é um ser prepotente, que pensa ter respostas para tudo, cego pelo seu egocentrismo, mas no fundo impotente e auto-destrutivo.
Há uma frase que fica do filme: é apenas junto do precipício que são criadas as melhores soluções. As crises acabam por ser o caminho para encontrarmos uma forma de superação. E como tal, por vezes é preciso estremecer para acordar.
Vale a pena ver. As tickets4three aprovam.
Não se esqueçam! Comecem já a reciclar e a poupar energia ok? Aquele robot e aquelas pulgas, pareciam mesmo zangadas…
Por: Olga Pinto

4 comentários:

Anónimo disse...

Fui ver, se o arrependimento matasse já o mundo tinha parado para mmim lololol

Sónia disse...

Gostei da critica, mas acima de tudo da "moral do filme" : "é apenas junto do precipício que são criadas as melhores soluções. As crises acabam por ser o caminho para encontrarmos uma forma de superação. E como tal, por vezes é preciso estremecer para acordar."

Faz pensar meninas :)

Beijinho directamente de Paris. Soni

Anónimo disse...

oi. Adorei a critica e estou com uma imensa vontade de correr para uma sala de cinema.. (em que os filmes nao estejam dobrados em frances, claro!!).
No entanto gostaria de dar uma sugestao.. nao deiam o fim do filme, nem conte tudo.. para quando se for ver o filme ainda ver aquela pitada de suspense... ou ate podem separar essa parte, e quem gosta do misterio so le a critica até certo ponto... o que acham?

No entanto.. ler o que escreveram fez-me imaginar uma série de cenários e de cenas... critica muito bem construida! ;)

Ana Mikaela

tickets4three disse...

Obrigada pelos comentários meninas :D Tens razão Mikoli, não deviamos ter revelado o final do filme... para a próxima não se repete. Continuem ligadas ;) beijos enormes cheios de saudades